
#VEMCONHECERANGICOS
Acerca de
História
A Igreja Matriz de São José dos Angicos – o Santuário Josefino A Igreja de São José em Angicos tem uma história religiosa que data das primeiras décadas do século XIX. A fé católica chegou a este recanto com os nossos colonizadores que vieram para habitar estas terras.
A primitiva capelinha alva abria a Fazenda dos Angicos um novo destino à porta da prosperidade. Esta capela foi iniciada no dia 1.º de Janeiro de 1813 e ficou concluída em 30 de junho do mesmo ano. Foi seu primeiro Capelão o Pe. Manoel Antônio dos Santos Morais Pereira Leitão.
A Igreja de São José foi elevada à categoria de paróquia pelo presidente da província do Rio Grande do Norte, João Ferreira de Aguiar, através da Resolução N.º 09 de 13 de outubro de 1836, desmembrando–se da freguesia de Santana do Matos. Ao longo do tempo a Igreja Matriz passou por reformas estruturantes. Nos anos de 1834 e 1858 – 1859 foram construídas as duas torres, que permaneceram por décadas, até 1911, quando o Pe. Lúcio Gambara resolveu aumentar as dimensões do prédio e já na década de 40 do século passado, a fachada foi mudada, sendo substituídas as duas torres laterais e a central por uma única torre, onde nela permaneceu os mesmos símbolos da anterior: a cruz ao centro sendo ladeado pelo galo e o lírio de São José.
Este trabalho foi realizado pelo Pe. Manoel Tavares de Araújo. Na década de 60 foi feito toda a laje em concreto e uma nova iluminação, este trabalho foi realizado pelo então Pe. Francisco das Chagas Pereira Pinto. Em 2011 por ocasião dos 175 anos da paróquia, mas uma vez a Igreja Matriz passou por uma reforma, sendo restaurado parte do telhado, ampliação do serviço de som, mudança de toda a parte elétrica, e também acrescentados 12 nichos para guardar as imagens existentes na Igreja Matriz e recebendo uma nova pintura, agora nas cores brancas e amarelas.
Durante estes 185 anos 28 padres estiveram à frente desta Paróquia entre estes destacamos o Pe. Félix Alves que passou 50 anos, o Mons. Francisco das Chagas Pereira Pinto 49 anos e o Mons. Manuel Tavares de Araújo que passou 23 anos e daqui saiu para ser bispo da diocese de Caicó/RN. Os festejos alusivos a São José acontecem durante o mês de março, e celebram a fé do homem no divino, na chegada do inverno e no amor familiar da sagrada família. Durante 10 dias, multidões passam pela cidade, em turismo religioso e devoção sagrada.
A igreja torna-se palco de manifestações e celebrações, que culminam na procissão de São José, no dia 19 de março, quando o evento religioso, que é referencia em todo o estado, toma conta das ruas e avenidas angicanas com milhares de fieis comemorando o dia sagrado para a comunidade católica. A vivência de Santuário com afluência de fiéis e grande número de testemunhos por parte de promessas alcançadas sempre foi uma realidade muito bem experimentada na Paróquia, sobretudo na vivência dos meses de março ao longo dos anos.
Receber esse título significa e um reconhecimento da grande expressividade de devoção a São José da qual a Paróquia de Angicos sempre pôde dar testemunho e ao mesmo tempo, representa um missão de levar toda a arquidiocese de Natal e ao estado do RN a ter em seu território um sinal de que o protetor da Santa Igreja também aqui está. O coração da devoção concentra-se na celebração da festa de 09 a 19/03, mas não é o único espaço para poder viver a devoção a São José na Paróquia. Já havia o costume de a cada dia 19 e toda primeira quarta do mês celebrar-se Missa votiva a São José e todas as quartas ao meio dia o canto do Ofício de São José.
Toda essa rotina permaneceu dentro da realidade das celebrações do ano josefino (2020-2021) junto ao canto da ladainha e oração de consagração de São José. Nos últimos 500 anos tem florescido na Igreja a devoção a São José, seja pelo apostolado da grande Santa Teresa d’Ávila que no século XVI fez suas discípulas confiarem no esposo da Mãe de Deus, seja pelos Papas que desde Leão XIII não tem se isentando de falar de São José. Não ficou apenas entre os santos e os Papas, mas também entre o povo simples.
Devoção essa que chegou até Angicos, no coração do Rio Grande do Norte e começou a se entrelaçar com a realidade própria do povo sertanejo movido pela esperança no Patrono dos aflitos de interceder por chuvas para manutenção e subsistência da agricultura e pecuária locais. Exemplo disso é a crença de que se cair chuva no dia de São José seria um bom sinal para atravessar a dificuldade da escassez de água.
Essa marca inconfundível dos angicanos passa por muitos níveis, não somente na cor da roupa: para o povo de Angicos e para os agricultores da região, o que os marca como característica identitária é a devoção ao amparo nas dificuldades. Quem nessa região tem fé, é devoto de São José! Esse é o critério para reconhecer o povo de Angicos e região. Aprendamos nesse e para sempre a confiar no amante da pobreza.
